sexta-feira, 6 de março de 2009

Inquéritos

No desenvolvimento do nosso projecto, aplicamos um inquérito sobre o comportamento dos jovens durante a exposição solar em três turmas da nossa escola (numa turma de cada ano escolar do curso de ciências e tecnologias), no total de 70 alunos. Para este estudo, recorremos a um programa de estatística Statistical Package for the Social Science. Com os resultados obtidos, elaboramos os gráficos que se seguem.
O nosso grande objectivo, com este estudo, é avaliar os comportamentos e os hábitos dos jovens da nossa escola, durante a exposição ao sol.
Os resultados e os gráficos estão publicados no nosso blog, e será realizado um poster com esses mesmos dados, para afixar no bar da escola. Com estas actividades, pretendemos sensibilizar os alunos a mudarem os seus comportamentos de risco e a adoptarem uma protecção solar eficaz e segura. Deste modo, tencionamos que esta sensibilização tenha resultados benéficos no futuro, reduzindo os casos de cancro cutâneo, pois todos os comportamentos de risco durante a exposição solar nos jovens podem ser cruciais no aparecimento deste tipo de cancro no futuro.

Gráficos:























Discussão dos resultados obtidos nos inquéritos:

Com a realização deste inquérito à comunidade educativa, obtivemos preciosos resultados que nos permitiram analisar o comportamento dos alunos durante a exposição solar, bem como retirar algumas conclusões deste estudo. Todos os gráficos anteriores foram elaborados com os resultados obtidos nos inquéritos, além destes resultados obtivemos também outros de igual pertinência. Foi possível concluir que a média do índice de protecção solar utilizado pelos alunos inqueridos é de aproximadamente 26. Isto verifica-se, uma vez que alguns alunos responderam que usam um índice de protecção solar 2, enquanto que outros utilizam um de 60, existindo assim um grande desvio entre os resultados. Verificamos também que a média de queimaduras solares que cada aluno adquiriu neste verão foi de aproximadamente 3, o que é bastante grave podendo levar ao desenvolvimento de cancro cutâneo no futuro destes alunos.
Com este estudo, verificou-se uma situação alarmante na questão das queimaduras solares na infância dos alunos, dado que 52% dos alunos respondeu que tiveram queimaduras na infância. Verificamos também que apenas 9% dos alunos têm por hábito protegerem-se do sol com vestuário e chapéu e que só 11% nunca se expõe ao sol durante as 12h e as 16h, o que não se trata de uma situação saudável. Além disso, vimos que apenas 56% dos alunos usa sempre protector solar durante a exposição solar, apesar de metade dos alunos usarem sempre protector, não constitui um bom número, na medida em que a outra metade pode ter riscos de desenvolver cancro cutâneo no futuro. Para agravar esta situação, apenas 18,6% dos alunos reaplicam o protector solar.
Foi possível observar que os alunos do sexo feminino usam com mais frequência protector solar relativamente aos alunos do sexo masculino. Enquanto que 60% das raparigas responderam que usavam sempre protector solar, apenas 45% dos rapazes colocaram a mesma resposta.
Estabelecemos também uma relação entre os tipos de pele e o uso do protector solar e obtivemos que usam sempre protector solar: 37,5% dos alunos com pele clara que fica vermelha ao sol; 80% dos alunos com pele clara que bronzeia com dificuldade; 53,8% dos alunos com pele clara que bronzeia gradualmente; 50% dos alunos com pele morena que bronzeia facilmente. Estes resultados não vão exactamente de encontro aos estudos mundiais, dado que de acordo com estes, os indivíduos com tipo de pele mais sensível tendem a usar mais protector solar. Isto verificou-se, porque os alunos que responderam ao inquérito caracterizaram o seu tipo de pele com muito optimismo acabando por escolher uma opção que não identifica correctamente o seu tipo de pele, isto porque muitos jovens pensam que têm um tipo de pele moreno apenas por ficarem morenos no verão. Esta situação levou a um desacordo, visto que apenas 37,5% dos alunos que seleccionaram o tipo de pele clara que fica vermelha ao sol usam sempre protector solar, e deveria de ser este grupo a usar mais.
Nenhum dos alunos inqueridos tem familiares com cancro cutâneo, diminuindo assim probabilidade destes alunos desenvolverem cancro cutâneo, no entanto com os resultados obtidos no inquérito, concluímos que alguns alunos da nossa escola correm um risco elevado de desenvolver esta doença, uma vez que apresentam comportamentos incorrectos durante uma exposição solar.
Em conclusão, consideramos pertinente a sensibilização da comunidade escolar para a adopção de um comportamento seguro enquanto desfrutam do sol. Além disso, é importante elucidar os alunos sobre os riscos e problemas de saúde que uma exposição solar sem protecção pode causar.

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