Este vídeo é apenas uma pequena parte de toda a actividade pois devido ao seu tamanho tivemos de compactá-lo. Não vai ser possível colocar no blog o vídeo do Colóquio pois ocorreram uns problemas. Esperamos que gostem.
sábado, 23 de maio de 2009
quinta-feira, 30 de abril de 2009
Actividade - "Zé Pintas"
Colóquio Cancro de Pele
sexta-feira, 13 de março de 2009
Colóquio - Cancro da Pele
domingo, 8 de março de 2009
Entrevista a um membro da Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo
No desenvolvimento do nosso projecto, realizamos uma entrevista a um membro da Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo (APCC). Esta entrevista foi dirigida à Dra. Leonor Girão, tesoureira da APCC, com a finalidade de compreendermos em que consiste todo o seu trabalho e actividades desenvolvidas por esta associação. Além disso, pretendíamos tomar conhecimento dos objectivos da mesma, bem como o modo como intervêm na sociedade.
Esta entrevista é pertinente para o desenvolvimento do nosso projecto, dado que o nosso tema relaciona-se com o trabalho realizado pela APCC. Todo o contacto que estabelecemos com a associação, bem como a entrevista realizada a um membro desta, ajudar-nos-á em certas actividades planeadas, nomeadamente na palestra e na campanha.
- Qual a sua formação em termos académicos?
Licenciada em Medicina pela Faculdade de Medicina de Lisboa.
Dermatologista membro da Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia.
Assistente Hospitalar de Dermatologia no Hospital Militar de Belém.
- Conhece as razões que levaram à criação desta Associação?
A associação foi fundada por dermatologistas preocupados com a crescente incidência do cancro cutâneo nas populações. Sendo a pele um órgão de observação directa e percebendo-se a importância de factores externos na génese de muitos dos cancros de pele, entendeu-se que era necessário uma associação que alertasse para estes problemas e divulgasse na classe médica o conhecimento científico mais recente nesta matéria.
- Quais os principais objectivos/metas da APCC?
Os objectivos principais da APCC dividem-se em dois campos: diminuir a incidência dos cancros cutâneos através de campanhas de prevenção primária e aumentar a detecção precoce e o tratamento atempado dos cancros cutâneos através das campanhas de prevenção secundária.
- Qual o cargo que ocupa na Associação?
Pertenço à direcção da APCC com o cargo de Tesoureira.
- O que o motivou a juntar-se à Associação?
Sendo a associação uma instituição sem fins lucrativos, nenhum dos membros tem qualquer retribuição económica pelos cargos ou funções que ocupa ou desempenha. É comum a todos nós o interesse por melhorar as condições de saúde pública das populações assim como, enquanto dermatologistas, diminuir a morbilidade e mortalidade das doenças cutâneas, nomeadamente os cancros de pele.
- Poderia explicar o trabalho desenvolvido pela Associação?
A Associação tem vindo a desenvolver várias campanhas de prevenção primária dirigidas quer a crianças (infantários e escolas), quer a professores, farmacêuticos, enfermeiros, médicos (palestras, acções de formação), quer à população em geral (em fóruns, praias, locais públicos). Para isso desenvolveu um livro com informação dirigida a crianças, folhetos dirigidos à população e um CD com informação científica para formadores e professores, para além de cartazes com mensagens de prevenção que são afixados em várias cidades balneares no Verão.
Na área da prevenção secundária é responsável pelo dia de rastreio nacional do cancro cutâneo que decorre nos hospitais públicos e por folhetos informativos para a população. Tem ainda uma revista médica redigida em inglês “Skin Cancer” de periodicidade trimestral.
- Que tipo de actividades preventivas já desenvolveram?
Tal como referido na pergunta anterior, todos os anos são efectuadas campanhas nas praias e cidades costeiras de prevenção primária do cancro de pele. Nelas são distribuídos folhetos com os cuidados a ter com o sol e com a pele. São também realizados inquéritos à população sobre hábitos de exposição solar. Têm ainda sido feitas várias campanhas em escolas primárias em que é distribuído um livro da associação feito especialmente para crianças (Livro do Zé Pintas). Todas estas acções são gratuitas e o material tem sido distribuído gratuitamente, contando apenas com o trabalho voluntário dos associados e colaboradores. Há ainda colaboração de vários membros da APCC em programas e revistas de informação sobre a temática do cancro cutâneo.
A associação também realiza dois simpósios anuais (no Porto e em Lisboa) sobre a temática do cancro de pele e sua prevenção em que tem o patrocínio da Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia, da Ordem dos Médicos e da Direcção Geral de Saúde.
- Os doentes costumam contactar com a associação? Quais os motivos que os levam a fazê-lo?
AAPCC tem como principal alvo a prevenção. Os doentes que contactam a associação pretendem habitualmente informação concreta sobre um problema de cancro em particular.
- De que modo é que os doentes de cancro cutâneo sentem um apoio por parte da associação?
A associação tem disponível informação científica sobre a temática do cancro de pele no seu site. Sempre que possível redirige os doentes para os locais adequados, informando quais os locais públicos com consulta de dermatologia disponível.
- Qual a importância do trabalho desenvolvido pela associação?
Quando se fala em cancro de pele, fala-se em morbilidade e mortalidade. O cancro de pele mata. Se se puder diminuir o nº de doentes com cancro e alertar as populações para recorrerem ao dermatologista sempre que virem um sinal que mudou, pudemos realmente diminuir a incidência destas patologias. É esta a nossa missão: diminuir a incidência das doenças oncológicas cutâneas na população.
- Qual o impacto que consegue notar/observar, desde que está ligado à associação, ao nível das actividades preventivas?
Desde que se iniciaram as campanhas, conseguimos constatar quer pelos inquéritos realizados nas praias quer por observação directa de comportamentos que muito se tem evoluído em termos de comportamentos de exposição ao sol. Actualmente há uma maior preocupação com a protecção solar, havendo maior utilização dos produtos de protecção solar (cremes, sprays) e, sobretudo, maior protecção das crianças pequenas (ida para a praia em horas menos perigosas, uso de chapéu e camisola, por exemplo).
- De que forma angariaram fundos para o desenvolvimento das actividades pretendidas?
A associação sobrevive com os donativos e com os patrocínios de entidades privadas. Umas vezes em dinheiro outras vezes com materiais (impressão de folhetos, material promocional da associação fornecido por particulares). Foi ainda realizado um jantar de gala há dois anos em que participou a Drª Maria Cavaco Silva para angariar fundos. Também recebe fundos dos stands que participam nas reuniões anuais da APCC e da publicidade no site. Naturalmente, todos os donativos são bem-vindos e sendo a associação uma instituição sem fins lucrativos, não sobreviveria sem o trabalho (por vezes esgotante) dos voluntários.
Conclusão retirada da análise da entrevista:
A Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo é uma associação sem fins lucrativos e o seu principal objectivo é a prevenção, nomeadamente no fornecimento de informação através de campanhas de sensibilização, de acções de formação e palestras. Esta associação tem uma grande importância na sociedade uma vez que o cancro cutâneo mata. Esta pretende diminuir o número de casos de cancro no país, visto que a incidência deste problema tem vindo a aumentar exponencialmente. Para que este objectivo se realize é necessário um trabalho árduo por parte dos membros da associação, nomeadamente na distribuição de panfletos, na afixação de cartazes e na realização dos rastreios. Além disso, é necessário a adesão da população, para com o trabalho da associação.
Quando são contactados por doentes de cancro cutâneo, a associação redirige os mesmos para um local apropriado para o seu tratamento. O trabalho na APCC tem sido bastante produtivo, pois com os inquéritos realizados e a observação directa dos comportamentos dos indivíduos estes concluem que há uma maior preocupação na colocação de protector solar e uma maior protecção das crianças.
sábado, 7 de março de 2009
Entrevista à Psicóloga Ângela Rodrigues
No 2º Período, realizamos, entrevista à psicóloga Ângela Rodrigues. Esta psicóloga desenvolveu um estudo com uma amostra de alunos de uma escola do norte, sobre o comportamento dos mesmos durante a exposição solar. Deste modo, decidimos entrevistá-la com o objectivo de compreendermos em que consistiu o seu estudo, bem como os resultados e conclusões que foi possível obter. Assim, pretendemos entender a relação dos jovens com o sol e estabelecer uma comparação dos resultados que obtivemos no inquérito aplicado na nossa escola, com os resultados obtidos pela psicóloga. Além disso, esta entrevista irá ajudar-nos no decorrer do nosso Projecto.
- Qual a sua formação em termos académicos?
- Tomamos conhecimento que realizou um estudo sobre a protecção solar. Em que consiste o estudo?
Existe um estudo feito neste âmbito, mas já tem alguns anos e não fornece dados concretos quanto a este comportamento, e envolve o estudo dos tais factores nomeadamente ao nível das atitudes, da influência dos outros e na percepção que a pessoa tem se consegue ou não utilizar protector solar com o intuito de verificar o que é que influência este comportamento.
- O que levou a realizá-lo?
O estudo que encontrei cativou-me bastante, e foi essa a razão que me levou a estudar comportamento das pessoas durante a exposição solar. Além disso, o facto do número de cancro de pele estar a aumentar em todo o mundo, nomeadamente em Portugal, constituiu também uma das razões. Verifica-se um número elevado de cancro de pele, melanoma e não melanoma e acho que esse número de cancro de pele é ainda mais alto do que nós pensamos. Algo interessante na altura, foi verificar que o protector solar é eficaz na prevenção do cancro de pele, assim pensei porque não estudar este comportamento? Dado que permite prevenir uma doença grave, tanto em termos mortais, como também no caso em que uma pessoa fica muito desfigurada.
- A que tipo de recursos recorreu para a sua realização?
- Qual o tamanho da amostra onde aplicou o inquérito?
- Qual o grupo alvo do estudo em questão?
- Que resultados obteve com o estudo realizado?
Só 14% dos adolescentes disse que usava regularmente protector solar;
Só 14% usava um protector solar com um índice maior de 15.
Isto é interessante, pois 14% dizem que usam frequentemente protector solar e depois 14% dizem que usam um índice superior a 15.
Eles podem dizer com que frequência usam protector solar, e depois se usam um factor de protecção superior a 15. Nesta questão podem dizer não ou sim, dado que podem utilizar um protector com um índice inferior a 8, ou inferior a 12, e já não é superior a 15. O índice de protecção solar 15 é o ponto de corte estabelecido, e existe concordância entre as várias instituições, por exemplo a Associação Americana do Cancro de Pele, a Associação Australiana e a Organização Mundial de Saúde consideram que o índice 15 é o ponto de corte, portanto é a partir deste que o protector solar é eficaz, protegendo das queimaduras solares.
O factor necessário vai variando consoante o tipo de pele, dado que uma pele sensível queima facilmente e a reacção que tem ao sol é mais imediata do que uma pele menos sensível. Portanto o protector solar tem de ter um factor de protecção mais elevado do que um tipo de pele moreno.
Uma das questões era "qual é o índice de protecção solar que normalmente usam", e fazendo a média daquilo que os alunos disseram, era mais ou menos 25, o que até não é mau, em termos gerais até é bom. Contudo o desvio é muito grande, muitos responderam que usavam 5, 6 e 8 e outros que usavam 60+, daí que a média seja 25, o que também pode estar aqui a influênciar é a questão do tipo de pele.
Em termos de outros resultados, também muito pertinente é a questão de quem é que usa mais, rapazes ou raparigas, de certa forma, não é novidade que as raparigas usam mais protector solar do que os rapazes, além disso também reaplicam mais vezes e tendem a usar um protector solar com índice superior a 15, ou seja para além de usarem mais têm um uso mais eficaz do protector solar.
Também tentei ver se havia alguma relação do uso do protector solar com os tipos de pele. Numa questão pedia-se ao aluno para identificar o seu tipo de pele e qual era a reacção desta ao sol.
A questão é que não encontrei diferenças a esse nível, o que é estranho, uma vez que outros estudos mostram que as pessoas com um tipo de pele mais sensível usam mais protector solar, dado que percebem que são mais susceptíveis, que se queimam mais facilmente, tentando-se proteger das queimaduras,
Penso que aquilo que pode estar a influenciar esta situação, é o facto dos adolescentes não perceberem que podem ter um tipo de pele sensível e que podem queimar mais e assim não são capazes de fazer uma correcta avaliação do seu tipo de pele. Avaliam-se com muito optimismo, porque acham que nunca nada vai acontecer, que só acontece aos outros.
Por estas razões, pode ter ocorrido um erro um erro na avaliação do tipo de pele, os jovens não sabem avaliar o seu tipo de pele. No total, 72 pessoas acharam que tinham um do tipo de pele 5 e 6, que são os tipos de pele atribuídos a pessoas de raça negra, e como eu estive envolvida em quase toda a recolha de dados, pude verificar que só haviam 3 pessoas de raça negra, portanto, as outras 69 pessoas avaliaram incorrectamente o seu tipo de pele. Além disso, os alunos podem não ter informação sobre isso, lembro-me que ao fazer uma acção de formação nessa mesma escola, com outros alunos que não participaram no estudo, quando chegava à parte de identificar o tipo de pele, toda a gente se enganava nesta identificação, tendiam a avaliar-se como menos sensíveis.
Com o estudo, descobri também que ter uma atitude mais favorável em relação ao uso do protector solar, isto é, se eu achar que traz benefícios eu utilizar protector, uso mais, e isto comprovou-se, o que também faz sentido. Além disso, a influência dos outros, também mostrou ser importante para o uso do protector solar, ou seja se os outros usam, mais facilmente eu uso.
Também mostrou ser pertinente a questão dos jovens planearem o uso do protector solar, isto é, colocarem na mochila, tentarem não se esquecer, e fazer estratégias, como pôr perto da saída, ou colocar num sítio visível para não se esquecerem de levar, ou pedir a alguém para se lembrar.
- Que conclusões retirou do estudo?
Este tipo de acções de formação sobre a protecção solar é importante, e é ainda mais pertinente ser feita em adolescentes, porque a adolescência é um período crítico para o desenvolvimento de cancro de pele. Os estudos mostram que queimaduras solares na infância e na adolescência predizem no futuro o desenvolvimento de cancro de pele, por isso é neste período que se deve adoptar uma protecção eficaz.
Outra conclusão (que já referi anteriormente) é relação existente entre o sexo e o uso do protector. Por este motivo, ao serem realizadas acções de formacão, programas e intervenções na área da protecção solar, é importante ter em atenção que o sexo masculino constitui um grupo de risco e por isso deve ser um grupo prioritário.
Para além disso, as intervenções devem conduzir as pessoas a ter atitudes mais favoráveis, mostrando os benefícios da utilização do protector solar, também devem mostrar como ultrapassar a questão da influência dos outros. Tem de se fornecer às pessoas estratégias para lidar com a pressão social, e na adolescência ainda mais. Além disso, deve-se ensinar aos jovens como é que se coloca o protector solar, quando é que devemos colocar e quando é que devemos reaplicar.
O cancro cutâneo é aquele que se pode prevenir mais, porque o factor crucial para o cancro de pele é a exposição solar, ou seja, o factor que influência este cancro é comportamental, logo pode ser alterado e compete às pessoas fazê-lo.
Conclusão retirada da análise da entrevista:
A Dra. Ângela Rodrigues, com a realização do seu estudo, concluiu que o uso do protector solar na adolescência é muito reduzido em geral, o que se trata de uma situação alarmante, visto que esta fase é crítica para o desenvolvimento de cancro cutâneo no futuro. As queimaduras solares na infância também predizem o surgimento deste tipo de cancro numa fase mais adulta. Outra conclusão bastante pertinente consiste na influência que os jovens têm entre si, ou seja, por vezes alguns jovens são levados à não utilização do protector apenas porque os seus colegas não o usam.
Por estes motivos, é necessário intervir com palestras, acções de formação e colóquios que forneçam informações e estratégias sobre a protecção solar, esclarecendo quais os benefícios de uma protecção eficaz. É urgente sensibilizar os jovens para a adopção de uma protecção solar saudável durante a exposição ao sol, de modo a modificar o comportamento de risco que a maioria dos jovens apresenta. Todas estas acções são bastante importantes, dado que o cancro cutâneo é aquele que se pode prevenir mais, apenas compete aos jovens alterar os seus comportamentos incorrectos face ao sol.
Relativamente aos resultados, verificamos que 56% dos alunos que responderam ao nosso inquérito usavam sempre protector solar durante a sua exposição ao sol, enquanto que apenas 14% dos alunos inqueridos pela psicóloga usavam regularmente protector solar. Como podemos observar, estes dados não se compatibilizam, uma vez que com o nosso estudo obtivemos uma maior percentagem de alunos a usar protector solar do que a psicóloga. Além disso, foi possível averiguar com o nosso estudo que 86% dos alunos utilizavam um índice de protecção solar maior que 15, o que não aconteceu no estudo da psicóloga que apenas obteve 14% dos alunos a usar um índice de protecção solar maior que 15. Esta situação pode ser explicada pelo facto da nossa amostra ser muito mais pequena que a amostra utilizada pela psicóloga, enquanto que 70 alunos responderam ao nosso inquérito, no inquérito da Dra. Ângela responderam 177. Outro facto que pode ter influenciado esta diferença entre os resultados pode estar relacionado com a dimensão do inquérito, visto que o questionário da psicóloga era muito mais elaborado e especificado, por se tratar de um estudo mais abrangente e aprofundado.
Por outro lado, verificou-se uma concordância relativamente à relação entre o sexo e o uso do protector solar, dado que os resultados que obtivemos nesta área aproximam-se dos resultados do estudo da psicóloga. Foi possível concluir que o sexo feminino tende a usar com uma maior frequência o protector solar, contrariamente ao sexo masculino. A média do índice de protecção solar obtido pelos dois estudos foi relativamente próxima, enquanto que no nosso estudo obtivemos uma média de 26, no estudo da psicóloga verifou-se uma média de 25. Estes resultados devem-se ao facto de alguns jovens terem respondido que usavam um índice de 2 e outros um índice de 60, o que leva a um grande desvio entre os resultados. Além disso, os tipos de pele também coincidiram, visto que nós obtivemos 35% dos alunos com pele do tipo moreno/escuro e a psicóloga obteve 41% de alunos com o referido tipo de pele. Como ja foi explicado anteriormente no dossier de projecto, na discussão dos resultados do estudo, os alunos inqueridos nos dois estudos realizados caracterizaram o seu tipo de pele com muito optimismo, levando a que estes seleccionassem uma resposta que identificava incorrectamente o seu tipo de pele.
sexta-feira, 6 de março de 2009
Inquéritos
O nosso grande objectivo, com este estudo, é avaliar os comportamentos e os hábitos dos jovens da nossa escola, durante a exposição ao sol.
Os resultados e os gráficos estão publicados no nosso blog, e será realizado um poster com esses mesmos dados, para afixar no bar da escola. Com estas actividades, pretendemos sensibilizar os alunos a mudarem os seus comportamentos de risco e a adoptarem uma protecção solar eficaz e segura. Deste modo, tencionamos que esta sensibilização tenha resultados benéficos no futuro, reduzindo os casos de cancro cutâneo, pois todos os comportamentos de risco durante a exposição solar nos jovens podem ser cruciais no aparecimento deste tipo de cancro no futuro.
Discussão dos resultados obtidos nos inquéritos:
Com a realização deste inquérito à comunidade educativa, obtivemos preciosos resultados que nos permitiram analisar o comportamento dos alunos durante a exposição solar, bem como retirar algumas conclusões deste estudo. Todos os gráficos anteriores foram elaborados com os resultados obtidos nos inquéritos, além destes resultados obtivemos também outros de igual pertinência. Foi possível concluir que a média do índice de protecção solar utilizado pelos alunos inqueridos é de aproximadamente 26. Isto verifica-se, uma vez que alguns alunos responderam que usam um índice de protecção solar 2, enquanto que outros utilizam um de 60, existindo assim um grande desvio entre os resultados. Verificamos também que a média de queimaduras solares que cada aluno adquiriu neste verão foi de aproximadamente 3, o que é bastante grave podendo levar ao desenvolvimento de cancro cutâneo no futuro destes alunos.
Com este estudo, verificou-se uma situação alarmante na questão das queimaduras solares na infância dos alunos, dado que 52% dos alunos respondeu que tiveram queimaduras na infância. Verificamos também que apenas 9% dos alunos têm por hábito protegerem-se do sol com vestuário e chapéu e que só 11% nunca se expõe ao sol durante as 12h e as 16h, o que não se trata de uma situação saudável. Além disso, vimos que apenas 56% dos alunos usa sempre protector solar durante a exposição solar, apesar de metade dos alunos usarem sempre protector, não constitui um bom número, na medida em que a outra metade pode ter riscos de desenvolver cancro cutâneo no futuro. Para agravar esta situação, apenas 18,6% dos alunos reaplicam o protector solar.
Foi possível observar que os alunos do sexo feminino usam com mais frequência protector solar relativamente aos alunos do sexo masculino. Enquanto que 60% das raparigas responderam que usavam sempre protector solar, apenas 45% dos rapazes colocaram a mesma resposta.
Estabelecemos também uma relação entre os tipos de pele e o uso do protector solar e obtivemos que usam sempre protector solar: 37,5% dos alunos com pele clara que fica vermelha ao sol; 80% dos alunos com pele clara que bronzeia com dificuldade; 53,8% dos alunos com pele clara que bronzeia gradualmente; 50% dos alunos com pele morena que bronzeia facilmente. Estes resultados não vão exactamente de encontro aos estudos mundiais, dado que de acordo com estes, os indivíduos com tipo de pele mais sensível tendem a usar mais protector solar. Isto verificou-se, porque os alunos que responderam ao inquérito caracterizaram o seu tipo de pele com muito optimismo acabando por escolher uma opção que não identifica correctamente o seu tipo de pele, isto porque muitos jovens pensam que têm um tipo de pele moreno apenas por ficarem morenos no verão. Esta situação levou a um desacordo, visto que apenas 37,5% dos alunos que seleccionaram o tipo de pele clara que fica vermelha ao sol usam sempre protector solar, e deveria de ser este grupo a usar mais.
Nenhum dos alunos inqueridos tem familiares com cancro cutâneo, diminuindo assim probabilidade destes alunos desenvolverem cancro cutâneo, no entanto com os resultados obtidos no inquérito, concluímos que alguns alunos da nossa escola correm um risco elevado de desenvolver esta doença, uma vez que apresentam comportamentos incorrectos durante uma exposição solar.
Em conclusão, consideramos pertinente a sensibilização da comunidade escolar para a adopção de um comportamento seguro enquanto desfrutam do sol. Além disso, é importante elucidar os alunos sobre os riscos e problemas de saúde que uma exposição solar sem protecção pode causar.
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
Resultados da Sondagem
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
Melanoma Maligno
Por isso é fundamental estar atento aos sinais presentes na pele, bem como às seguintes situações:
- Surgimento recente de um sinal de cor negra em pele aparentemente sã;
- Modificação de um sinal já existente;
- Alteração do tamanho (crescimento recente);
- Alteração da forma (contorno irregular);
- Alteração da cor (negra, castanha, rosada);
- Aparecimento de prurido (comichão);
- Aparecimento de inflamação (vermelhidão)
- Aparecimento de ulceração (ferida);
- Aparecimento de hemorragia (sangra facilmente).
Melanomas malignos de espessura fina (probabilidade de cura elevada)
Melanoma maligno de espessura intermédia (probabilidade de cura menos favorável)
Melanomas malignos de espessura grande (probabilidade de cura reduzida)
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
Perguntas e Respostas frequentes
P: Terei de me preocupar com a exposição solar?
R: Sim, entre Abril e Setembro a meio do dia os níveis de radiação UV são elevados.
Se passa uma quantidade razoável de tempo ao ar livre durante os meses de Verão, a praticar desporto ou jardinagem, por exemplo, ou se tem um trabalho em que tem de andar ao ar livre grande parte do ano, poderá certamente receber sol suficiente que possa provocar cancro, principalmente se tiver pele clar, e de certeza receberá o suficiente para provocar o fotoenvelhecimento, sem sequer nunca ter ido para a praia.
P: E se eu quiser ficar com um bronzeamento?
R: Os banhos de sol provocam necessariamente danos na sua pele. Se tiver uma pele negra ou castanha provavelmente não está muito sujeito aos efeitos nocivos, mas nesse caso o mais provável é não querer bronzear-se! É uma escolha pessoal, mas deverá estar ciente dos riscos de apanhar banhos de sol para tomar uma decisão consciente. Tomar banhos de sol é sempre perigoso para todos e principalmente para as pessoas de pele clara, sobretudo quando o sol está alto no céu, independentemente das condições climatéricas.
Deste modo torna-se relativamente seguro estar ao ar livre de manhã cedo ou ao fim do dia quando o sol está baixo. Por isso em casa ou a passar férias evite o sol do meio dia esteja onde estiver. Use roupa adequada quando estiver ao ar livre e use um protector solar de FPS (factor de protecção solar - número que aparece no protector solar) 15 a 25 regularmente. Mentalize-se que um bronzeado é na realidade uma resposta, devido a um dano causado no ADN, das células cutâneas aos raios UV.
Contudo, este tipode cuidados referem-se muito principalmente às pessoas de pele clara nas quais quanto mais profundo for o bronzeamento maiores são os danos cutâneos provocados e deste modo maior é também o risco de contrair cancro no futuro.
É também importante que se aperceba de que o melanoma, apesar de há algum tempo ter sido relativamente rao, tem aumentado muito tornando-se cada vez mais comum e que é uma forma de cancro que pode ser potencialmente fatal, é aliás uma das maiores causas de morte daqueles que se situam na facha etária dos 26 aos 35 anos. Existem também provas que sugerem que os ataques repetidos de queimaduras solares, que são mais comuns quando se tomam banhos de sol nas férias, são especialmente determinantes no aparecimento deste tipo de cancro, principalmente em pessoas de pele clara.
Se entretanto quiser bronzear-se há apenas uma maneira de o fazer de um modo conveniente e seguro e isto consiste no uso de um preparado que lhe confere um bronzeado falso. Hoje em dia, além de seguros estes produtos conferem-lhe uma imitação perfeita do verdadeiro bronzeamento. No entanto, se vai mesmo bronzear-se comece com pequenos períodos de exposição solar aumentando-os gradualmente. Use também um protector solar com factor de ecrã elevado, entre 10 e 15, e mantenha-se nesta escala pois se queimar irá estragar o seu bronzeamento!
P: Será seguro usar o solário?
R: Geralmente os solários emitem radiação muito idêntica àquela emitida durante um meio dia de Verão com sol e terá por isso os mesmos efeitos, por isso evite-os totalmente. Isto porque ao utilizá-los, está apenas a danificar a sua pele sem sequer desfrutar ao mesmo tempo do ar livre! Contudo, a maioria dos dermatologistas é da opinião que bani-los é tão inapropriado quanto banir os cigarros ou o álcool e é preferível consciencializar as pessoas para os seus perigos de modo a que estas possam fazer a melhor escolha.
Quer use solários antigos, que emitem na sua maioria radiações UVA, ou os mais modernos que combinam os raios UVA com os UVB, os efeitos em termos de danos cutâneos são muito idênticos aos da exposição solar. Isto significa que está sujeito ao mesmo tipo de danificações cutâneas, que podem resultar nas suas formas mais agressivas ou então, como já tem acontecido, em forma queimadura solar fatal! Há também o risco de contrair as seguintes afecções, tanto ao usar um solário como a expor-se ao sol: dermatite polimorfa provocada pela luz, melasma e fotossensibilidade aos medicamentos, a curto e a longo prazo regista-se o fotoenvelhecimento e o cancro da pele assim como um aumento da fragilidade da pele por porfiria. Por outro lado, o risco de melanoma devido ao uso de solários ainda não foi quantificado com precisão, mas parece que também está a aumentar. As pessoas com muitos sinais na pele nunca deveriam usar os solários assim como nem sequer deveriam apanhar banhos de sol. Resumindo, os solários são muito idênticos à luz solar no que respeita ao seu potencial para provocarem danos cutâneos e deviam por isso ser evitados. Se usar um solário não deverá fazer mais de 20 sessões por ano de modo a moderar os riscos.
P: Será boa ideia usar um solário apenas durante duas ou três semanas por ano antes das férias para bronzear um pouco a fim de evitar uma queimadura solar?
R: Não. Não é uma boa ideia usar um solário com estes fins porque os danos que está a provocar são maiores do que qualquer protecção ou bronzeamento que consiga obter. O melhor será fazer um bronzeamento falso e usar um protector solar durante as férias.
P: Poderá a luz solar danificar os meus olhos?
R: Não. O vidro transparente ou o plástico por norma absorvem praticamente todos os raios UV, e de certeza todos os UVB, embora permitam como é obvio que a luz visível penetre. Por isso irá precisar de tomar cuidados extra ao usar óculos receitados pelo médico a não ser que a luz seja demasiado intensa e aí será melhor usar óculos-acessórios (com protecção extra contra luminosidade), ou usar uns especialmente receitados pelo médico.
P: Sei que não bronzeio se ficar sentado em frente ao televisor ou ao computador, mas estarei na mesma sujeito aos riscos dos raios UV?
P: Penso que apliquei muito protector solar na pele. Será que estes químicos são absorvidos para o interior do meu corpo, se sim poderão prejudicar-me?
R: Não. Estudos exaustivos sugerem que estes químicos não o prejudicam. Não os aplique em demasia nos bebés com menos de cerca de seis meses pois só a partir desta altura é que as suas estruturas cutâneas se formam por completo.
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
Auto-Exame
Sigas as etapas abaixo descritas:
- 1ª Etapa: Inspeccione em primeiro lugar as palmas das mãos e os antebraços, sem esquecer os espaços interdigitais.
- 2ª Etapa: Coloque-se diante de um espelho e dobre os braços para si, de modo a poder ver a parte de trás dos antebraços e os cotovelos.
- 3ª Etapa: Observe toda a parte anterior do seu corpo, bem como a face, o pescoço e braços. Coloque-se de forma a poder ver bem a parte interna dos braços.
- 4ª Etapa: Vire a parte direita do corpo para o espelho e levante os braços. Inspeccione a partir de cima todas as partes do corpo. Repita a operação para a parte esquerda.
- 5ª Etapa: Coloque-se de costas e examine as nádegas e as pernas.
- 6ª Etapa: Com a ajuda do espelho pequeno, examine a nuca, a parte de trás dos braços e as costas.
- 7ª Etapa: Examine o couro cabeludo com o espelho pequeno. O secador ajudará a separar os cabelos para poder ver melhor.
- 8ª Etapa: Sente-se numa cadeira e apoie uma perna sobre outra cadeira ou banco diante de si. Com a ajuda do espelho pequeno, inspeccione a parte interna da perna. Repita a operação para a outra perna.
- 9ª Etapa: Cruze as pernas e inspeccione a planta dos pés, dedos, unhas e espaços interdigitais. Examine igualmente o ânus e órgão genitais.
Na prática, este auto-exame não demora mais de 10 minutos e deve ser praticado regularmente, 2 a 3 vezes por ano.
Cuidados a ter durante a exposição solar
- Evitar a exposição ao sol nas horas de maior calor 11:30-15:30;
- O protector solar não deve ser utilizado apenas nos dias de praia e piscina, mas sim todo o ano;
- Colocar o protector cerca de uma hora antes de se expores, para que a pele o absorva bem;
- Para qualquer tipo de pele, o protector deve ter um índice de protecção de 15, no mínimo. Se a sua pele for muito clara, tiver problemas cutâneos ou hipersensibilidade (manchas ou ardor, por exemplo) face à luz do sol, use um protector com índice mínimo de 30;
- Aplicar protector solar em todo o corpo e não apenas nas zonas expostas. Uma parte dos raios solares consegue "atravessar" estas barreiras, além de que são reflectidos pela areia e pela água;
- Renovar a aplicação do protector solar após 1,5 hora de exposição ao sol, uma vez que a exposição solar por si só altera as propriedades físico-químicas do filtro solar, diminuindo-lhe a actividade, bem como após a imersão em água;
- Se sobrar protector solar do ano anterior, o mais prudente será não usá-lo no Verão seguinte. Com o passar do tempo e devido à acção da temperatura ambiente, o índice de protecção pode diminuir. O melhor será comprar um protector solar novo para cada época balnear e usar o antigo como creme hidratante;
- Nos dias nublados o protector solar é indispensável, pois os efeitos dos raios ultravioletas continuam presentes;
- No início das férias, não se exponha durante muitas horas seguidas. Primeiro, deixe a pele habituar-se aos raios solares e continue a protegê-la mesmo depois dos primeiros dias.
- Movimenta-se e molha-se frequentemente e não adormeça ao sol, para evitar escaldões.
- Proteger debaixo de um guarda-sol ou usar uma t-shirt e um boné;
- Não usar t-shirt molhada no corpo pois pode deixar passar os raios ultra-violeta;
- É necessário utilizar óculos de protecção, particularmente as crianças e pessoas de olhos claros;
- Convém evitar a exposição ao sol depois de uma depilação ou um peeling, pois a pele fica mais sensível aos efeitos do sol;
- Ter em atenção o reflexo dos raios solares na neve (85%), na praia (20%), na água e na relva (5%);
- Evitar solários, pois os UV aumentam o risco de cancro cutâneo e aceleram o envelhecimento da pele;
- As pessoas ruivas, as loiras, com sardas e muitos sinais, devem proteger-se com maior rigor;
- Consumir frutas, legumes e beber muita água é importante para a protecção da pele e equilíbrio orgânico.